272019fev
Saiba o que é e como tratar o descolamento da retina

Saiba o que é e como tratar o descolamento da retina

Pessoas com alto grau de miopia estão entre as mais suscetíveis ao problema, que também pode ser consequência de traumas oculares

Já ouviu falar em descolamento da retina? Trata-se de uma doença ocular que ocorre, em média, em 1 em cada 10 mil habitantes ao ano, de acordo com diferentes estudos na área. O descolamento da retina é uma urgência médica. Conforme afirma o oftalmologista, especialista em retina e vítreo, se não for diagnosticado e tratado depressa, pode evoluir para perda total da visão. Daí a importância de visitas regulares ao oftalmologista.

O que é

Membrana do seguimento posterior do olho, a retina tem a função de captar as informações externas e transmiti-las para o nervo óptico, no qual são levadas até o cérebro para que sejam decifradas e se transformem em imagens. Não há nada que fixe a retina ao globo ocular. Uma substância gelatinosa e transparente chamada vítreo, situada entre ela e o cristalino, é que a mantém na posição anatomicamente adequada, ou seja, em contato com outras estruturas que lhe garantem suporte e nutrição. Descolamento de retina é uma alteração que se caracteriza pelo desprendimento dessa estrutura da superfície interna do globo ocular. Essa separação interrompe o fornecimento de nutrientes e promove a degeneração celular.

Causas

Os fatores de risco mais associados ao descolamento de retina são a ocorrência do descolamento do vítreo posterior, a presença de roturas ou degenerações periféricas na retina, a ocorrência de traumas oculares (como uma batida ou bolada no rosto) e a presença de alta miopia. Mais raramente, essa doença é hereditária e pode até mesmo ocorrer em crianças ou bebês. Conforme explica o oftalmologista, esses fatores de risco estão presentes em diferentes faixas etárias, portanto, embora mais comum depois dos 40 anos, o descolamento de retina pode acometer pessoas em qualquer idade. Uma atenção especial deve ser dada aos pacientes que possuem alta miopia. “Eles devem ser examinados por oftalmologista especialista em retina no mínimo uma vez por ano, para que sejam identificadas e tratadas, preventivamente, lesões que possam levar ao descolamento de retina”, comenta o especialista.

Prevenção

O exame que permite prevenir o descolamento de retina é o mapeamento de retina, por meio do qual pode-se identificar o problema e, posteriormente, tratar lesões na retina que podem ocasionar o descolamento.

Sintomas

Os sintomas mais comuns que antecedem um episódio de descolamento de retina são a percepção de moscas volantes (pequenas manchas escuras que se deslocam de um lado para o outro), imagem embaçada e flashes de luz, que progridem à medida que o descolamento evolui. Sempre que o paciente perceber qualquer um destes sintomas deve, imediatamente, procurar um oftalmologista. “Como não há dor, muitas pessoas não dão importância aos sintomas, deixam para consultar o médico depois, e aí é que o quadro pode se agravar”, diz o oftalmologista. A gravidade do descolamento de retina é variável, pois depende de várias condições, como a extensão do descolamento, seu tempo de instalação e fatores predisponentes (trauma ocular, por exemplo). A consequência, de maneira geral, é a baixa visão, em graus variados, no olho acometido.

Tratamento

Uma vez que o descolamento da retina é fato, os tratamentos utilizados convergem para a necessidade da realização de cirurgia. Conforme explica o oftalmologista, existem três modalidades cirúrgicas: retinopexia pneumática (injeção de gás expansor no interior da cavidade vítrea), retinopexia com introflexão escleral (é colocada uma “faixa” de silicone ao redor do globo ocular) e vitrectomia (cirurgia na qual se remove o vítreo e se aplicam manobras para reposicionar a retina).

“De acordo com o caso, o procedimento pode ser uma das três técnicas ou até a combinação delas em um mesmo procedimento”, detalha o oftalmologista. O tempo de recuperação é variável, mas em torno de 30 dias o paciente, normalmente, pode retomar suas atividades habituais.







Fonte: Portal da Oftalmologia